AÇÕES 07 de AGOSTO

em construção...



Anekso I - Sesc Palladium













 Satélite enviado por Paulo Nazareth:

Ao Sabor do Vento
Tales Bedeschi
Este trabalho esté ligado à etimologia da palavra "delírio". Delírio, como todos sabem, é uma excitação do espírito. De origem latina, essa palavra nasce com outro significado: ato ou efeito de sair da lira. Lira sendo a linha, o sulco marcado no solo pelo arado. No caso de "Ao sabor do vento", o delírio é provocado pelo movimento do ar. Um quadrado formado por 22 balões é arranjado no cruzamento de duas ruas: Rio de Janeiro e Goitacases. Quando as pessoas soltam os balões, eles começam a se mover do solo, redesenhando o quadrado. Lentamente.

fotos de Hernani Guimarães






 




Palavras
Aline Midore, Ana Luisa Neves e Lucas Delfino 















Palavras ao vento
Tales Bedeschi

Este trabalho consiste em soltar palavras ao vento. Empinar versos formados por 4 palavras. Pintamos 6 palavras em pipas transparentes que subiam ao céu: 'Transparência / do / infinito' e 'Equilíbrio / no / vazio'. No ar, as frases deslizavam, se misturando e criando sentidos diferentes.
Para fazer as pipas subirem, em região que sofre por falta de vento, por ser tão cercada por prédios, providenciamos alguns balões de hélio. 'Palavras ao vento', pode significar 'jogar palavras fora', 'papo furado'. 



"transparência do infinito"
E moradores interagem, soltando bolinhas de sabão pela janela...



"Equilíbrio no vazio"






Meza

Leitura Iluminada
Rafael Perpétuo






Pipoka com K
Marconi Marques









Milho aos pombosMarconi Marques
Ação pensada sem a exigência de uma interação com o público/humano. Antes de tudo o contexto é o entorno do SESC ou nossa relação com o PALLADIUM DOMUS. Pombo, do latim columbus palumbus; considerados ”ratos-alados”. Sabe-se, hoje, que pombos são considerados produtores de “pragas” ou a própria praga – eles habitam e se abrigam em ambientes especialmente de presença humana. Uma das formas de Prevenir contra suas pragas é não dá-los de comer; proteger seus espaços, criando estruturas que inibam a construção de seus ninhos; utilizar estruturas refletoras de luz solar, como espelhos e luzes estroboscópicas. Portando assim como os pombos, os artistas estão entre “espíritos santos” e “espíritos de porcos”, capazes de produzirem coisas sublimes e também pragas – na verdade produzimos pragas-sublimes, que se somam à posturas éticas. Os pombos são seres muito urbanos, participantes das ágoras, com seus belos vôos ou por sua mendicância – entre um vôo e outro um pouso na cabeça de uma estátua de um poderoso homem público. De certa forma “milho aos pombos” foi uma metáfora do diálogo e aproximação com aquilo que tem em sua natureza o encanto de suas asas e paradoxalmente o poder de gerar repulsa, ou a necessidade de provocação. “Milho aos pombos” foi um sutil ato politicamente incorreto; fileiras de migalhas em frente ao SESC à espera de pombos ou pragas.




PIPOKA (com K) 
Marconi Marques
Influenciado pelo meu primeiro trabalho "Milho aos Pombos", esta ação foi pensada para o último dia de atuação da Kaza, no dia marcado para a “apresentação oficial” do Kaza Vazia (último dia de nossa ocupação), dia em que a noite teria show do Skank (o Esquanque tinha um “Q” a mais, aliás um “K” a mais), dia em que nós, kazeiros, "vagabundeávamos" pelo entorno, pela rua. Esta ação, foi reelaborada a partir de uma idéia inicial, a princípio foi pensada da seguinte forma: Eu teria um fogareiro onde eu faria pipoca, ensinaria a arte de fazer pipoka a moradores de rua e transeuntes nas proximidades do Sesc. Mas a circunstância era a seguinte: em frente às duas entradas do SESC já havia carrinhos de pipoqueiros, o que ficava Augusto de Lima, ficou ao lado do nosso Anexo I, as duas estruturas móveis pareciam se complementar. Portanto não quis ser uma espécie de concorrente dos verdadeiros pipoqueiros. Antes de qualquer coisa queria pensar a questão da “memória” e a “tradição”: além dos ritos, a relação entre a pipoca e o Cinema, assim como a cultura urbana. Ao invés de oferecer pipoca como amostra, eu oferecia panfletos, produzidos dias antes, tinha impresso uma receita de pipoca, e no rodapé uma frase em Latim, acompanhada de uma possível tradução: “Corn, non ignis, popcorn nunquamMilho que não vai ao fogo, jamais será pipoca”.
Era como dizer que tradição se ensina, de boca em boca, pelo ato de apreensão cotidiana, algo imaterial - e também falar de um processo ritualístico, de "passagem". Distribuído aos passantes e aos usuários do inaugural grande teatro, o panfleto era motivo para eu puxar algum assunto, e me “relacionar” um pouco com aquelas pessoas. Vestido de jaleco e gorro branco, na mão uma vasilha com milho de pipoca sem estourar e outros ingredientes para se fazer pipoca. Para alguns eu apresentava a minha receita, dando-lhes panfleto. ...perguntava se sabiam fazer pipoca, de que forma, qual o segredo da pipoca doce? Alguns entravam na conversa, ou iam para outras conversas e eu tinha que parar a panfletagem. Por fim, quando a fila acaba, o pipoqueiro (ou o panfleteiro) consegue entrar no grande teatro, e antes que o show começasse, enquanto procurava um lugar pra sentar, era  identificado pelo traje. Ouvia alguns gritos: “ôo pipoca!!”. Neste momento eu me reconhecia como “personagem” de uma arte-vida, dentro de um grande teatro. Um milho posto ao fogo. Neste momento eu reconheçia o interior do Palladium Domus Artium em atitividade, como um pipokeiro. 


[Em breve vídeo da Ação]






Vestígios
Flávio CRO